É em 1979 que se concluem os aspetos finais do projeto do novo Hospital Central de Coimbra (hoje denominado Hospital Universitário de Coimbra). Este projeto era, para a Teixeira Duarte, o primeiro desta dimensão em regime de conceção/construção e envolvia também o fornecimento do equipamento hospitalar e médico-cirúrgico.

Com a adjudicação feita em 1975, teve diversos anos de estudos e projetos que levaram à assinatura do contrato em 26 de agosto de 1978 e à sua revisão durante este ano de 1979.

A obra, executada em consórcio com a OPCA e HUARTE, trouxe enormes valias de partilha de conhecimentos e viria a começar em 1980, revelando-se não só como muito importante para a projeção da Empresa, mas também para o know-how adquirido para os muitos mais hospitais posteriormente construídos e que fazem, ainda hoje, da Teixeira Duarte uma referência incontornável nesta área de construção hospitalar.

Ainda em 1979, ocorreram graves escorregamentos na Encosta das Portas do Sol, em Santarém, tendo a Teixeira Duarte sido chamada para a resolução de um problema complexo e que afetava, com cada vez maior preocupação, a Linha do Norte situada entre o rio Tejo e a encosta. Embora existam relatos de escorregamentos naquela zona desde 1862 e de já em 1965 ter sido adjudicada à Teixeira Duarte a execução do revestimento da bancada calcária do topo da encosta, foi apenas após estes acontecimentos de 1979 que a Teixeira Duarte projetou e executou a consolidação da encosta, numa empreitada plurianual repleta de singularidades e em que a valia técnica e criativa, bem como a persistência e o empenho foram essenciais para o seu sucesso.

Neste ano, a Teixeira Duarte realizou empreitadas de destaque, tais como os Edifícios “Gemini”, em Lisboa e Atlântico, na Figueira da Foz (construção civil), estruturas industriais para a Quimigal (construção industrial), bem como obras da Especialidade como a consolidação da encosta no Casal Ventoso, em Lisboa, as fundações para a ponte da Figueira da Foz e a reparação da laje na cave do designado “edifício das colónias”, na avenida 24 de julho, em Lisboa.

Destaque ainda para as Fundações para a Ponte de Vila Nova de Mil Fontes, que foi record mundial durante muitos anos.